Atualizações na Diretriz Manejo da Hiperglicemia Hospitalar em Pacientes Não Críticos

Tempo de leitura: 2 minutos
Facebook
Twitter
WhatsApp

Recentemente, a Diretriz Brasileira sobre Manejo da Hiperglicemia Hospitalar em Pacientes Não Críticos foi atualizada, trazendo importantes mudanças que impactam a prática clínica. Neste post, vamos destacar as principais novidades e como elas podem influenciar o cuidado dos pacientes internados.

Nova Definição de Hiperglicemia Hospitalar

Uma das mudanças mais significativas é a redefinição do conceito de hiperglicemia hospitalar. Anteriormente, o ponto de corte era de 140 mg/dL de glicemia. Com a atualização, o novo ponto de corte passa a ser 180 mg/dL. Esse valor é agora a referência a partir da qual se deve monitorar os pacientes internados e considerar o tratamento farmacológico, especialmente em casos de hiperglicemia persistente.

Metas Glicêmicas Atualizadas

A diretriz também revisou as metas glicêmicas recomendadas. Agora, a meta é manter a glicemia entre 100 e 180 mg/dL, alinhando-se à recomendação da Endocrine Society de 2022. Esta mudança visa otimizar o controle glicêmico e reduzir os riscos associados à hiperglicemia em pacientes hospitalizados.

Uso de Terapia Antidiabética Não Insulínica

Outra novidade importante diz respeito ao uso de terapias antidiabéticas não insulínicas em ambiente hospitalar:

  • Metformina: A diretriz agora considera o uso de metformina em pacientes internados que tenham superado a fase aguda da doença, desde que sua taxa de filtração glomerular seja maior que 30 ml/min e não haja previsão de realização de exames contrastados.
  • Inibidores de SGLT2: Estes medicamentos podem ser mantidos em pacientes com insuficiência cardíaca, mas com a recomendação de monitorar corpos cetônicos para prevenir cetoacidose diabética.

Essas atualizações refletem um avanço na abordagem do manejo da hiperglicemia hospitalar, com um foco maior na individualização do tratamento e na segurança dos pacientes.

ADVERTISEMENT